
No Centro Recreativo e Cultural Kilamba, o excepcional
Muzonguê da Tradição no dia 11 de Novembro, em homenagem ao Chico Montenegro
foi uma festa que de certeza a nova estrela que juntou-se ao conjunto de cima
agradeceu. A orquestra Jovens do Prenda e não banda como Baião e colegas
afirmam, Dina Santos, Tony do Fumo Filho, Robertinho, Dom Caetano e Augusto
Chacaya estiveram no seu melhor
Com sala cheia, a maior desta temporada, foi emocionante ver
a família agradecer pelo apoio prestado
por companheiros do conjunto, citando Didi e o actual presidente da Comissão de
Restauração dos Jovens do Prenda, não foi apenas a filha que chorou, gente da
plateia também, um misto de tristeza e alegria.
Um dos grandes momentos aconteceu quando Mizinga e Augusto Chacaya fizeram
uma rapsódia com os principais sucessos de Chico Montenegro, dentre os
quais: “Lucinda”, “Teté”, “Isabel”, “Bolero Jovem” e “Passagem do Rio”.
A música ao vivo começou com os Jovens do Prenda brindando
com um instrumental e depois acompanhando a primeira convidada, Dina Santos. Os
conhecidos “Anel” e “Kassequel” marcaram a sua entrada triunfal e fechou com um
tema que marca o carnaval, com os jovitos a darem o toque da já extinta, Semba
Tropical, uma banda prestigiada.
Tony do Fumo Filho recordou os sucessos do seu pai, fundador
do conjunto, e apresentou um tema novo.
Robertinho também esteve presente, um antigo colega de Chico
Montenegro no agrupamento musical Aliança FAPLA-Povo. Apresentou temas
marcantes do seu reportório como “Desespero”, “Samba”, “Sessá” e “Kalamaxinde”.
Didi da Mãe Preta, um histórico dos Os Jovens do Prenda fez
maravilhas com a sua dikanza, ez estremecendo o espaço como sucessos como “Rumba
Mexilhão” e “Aiué Ngongo”
Dom Caetano também ajudou a manter o nível da actuação,
recordou que entrou no conjunto na altura com 27 anos, por sugestão de Gabi
Monteiro, apadrinhado por Chico Montenegro e aceite pelo exigente Zé Keno, época em que ensaiavam casa de Augusto
Chacaya. Recordou “Nova Cooperação”, “Adeus a Hora da Largada”, fechando com “Tia”.
Como tem sido quase uma tradição para encerrar a música ao
vivo, Augusto Chacaya foi o último artista a subir ao palco do Kilamba. A
comovente “Santa iami” não fez chorar como “O tempo passa”, um original de
Zecax que levou aos prantos o baterista Juca dos Kiezos, consolado por Dulce
Trindade.
Considerado o Rei do Bolero angolano, Francisco Miguel António,
Chico Montenegro, nasceu a 2 de Outubro de 1952 e morreu no dia 12 de Outubro corrente,
o dia que em 1968, ele, Zé Keno, Didi da
Mãe Preta, Verry Inácio, Zé Gama, Luís Neto e Tony do Fumo, fundaram os Jovens
do Prenda. Em 1974 Chico Montenegro pertenceu ao Aliança Fapla-Povo, importante
grupo da canção revolucionária, onde nomes como David Zé, Urbano de Castro,
Artur Nunes, deixaram as suas marcas, época que os Jovens do Prenda estavam
parados. Em 1982 foi um dos principais responsáveis para o regresso da formação
e em 2016 teve fortes influência na reunificação dos elementos dos Jovens do
Prenda. Era um homem unificador,
pacificador, um criador de pontes e consensos.
O Muzonguê regressa no dia 15 de Dezembro com Bonga, para encerrar em grande 2019
Fonte: Mukanda
Fonte: Mukanda
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