segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Bonga em grande no Show do Mès e Muzonguê da Tradição

Bonga mostrou, mais uma vez, um talento único em palco, nas últimas edições do ano do “Show do Mês” e Muzongué da Tradição, em actuações onde revelou grande capacidade artística e jovialidade, mesmo aos 77 anos, e que vão ficar na memória de quem presenciou e dos ausentes, pelos relatos.



O cantor, que está em Luanda, desde quarta-feira passada, colocou “fogo na kangica”, de uma forma literal, sábado, no Centro de Convenções de Belas (CCB), no fecho da VI temporada do “Show do Mês”, denominado “Encontro com a Tradição”.
O espectáculo, realizado pela segunda vez fora do Royal Plaza, abriu “as portas ao público” com o instrumental “Bonguinha”, uma proposta do guitarrista Betinho Feijó. A viagem não ficou apenas pela música, em intervalos histórias das vivências entre os dois foram contadas. O artista Jorge Mulumba também juntou-se à festa, ao ritmo dos instrumentos tradicionais.
No encontro, que serviu, ainda, para unir vários segmentos da sociedade, Bonga percorreu temas que marcam o percurso artístico, cujo marco é o LP “Angola 72”, numa “aula magna” de música angolana, encerrada com “Jingonça” e um “assalto ao Carnaval”.



O mesmo tema foi o escolhido para encerrar, no domingo, a última edição deste ano do Muzongué da Tradição, realizada no Centro Recreativo e Cultural Kilamba, numa tarde com alinhamento musical mais reduzido, mas com presença acentuada do público.
A sentir-se em casa e valorizando o espírito das festas dos musseques, Bonga levou ao antigo Salão Maria da Escrequenha os maiores êxitos da carreira. “É bom regressar”, disse, no final do espectáculo, que teve como principais referências temas como “Marika”, “Kisselenguenha”, “Kamacove”, “Kambuá”, “Sambila”, “Fruta de Vontade” e “Homem do Saco”.


Com lotação esgotada, esta edição do Muzongué contou, também, com a participação de Massano Júnior, Lulas da Paixão e Givago, com o acompanhamento da Banda Movimento. O espectáculo abriu com Mister Kim, da Banda Movimento, a interpretar temas de Zé Kafala, numa homenagem a um dos mais destacados trovadores angolanos.
Depois foi a vez de Dorgam mostrar talento em “Zito Monami”, de Clara Monteiro, e Teddy Nsingui reviver alguns solos do Instrumental 1º de Maio. Massoxi e Kintino também actuaram. Embora afastado dos palcos, Massano Júnior brilhou em temas como “Meninas de Hoje”, “Kizua”, “Anami”, “Balabina” e “Sunga Sunga”. Já Lulas da Paixão apresentou como proposta “Pepé”, “António”, “Garan” e “Nga Maka”. O último convidado, Givago, encantou a plateia com “Avô Teté” e “Ramiro”.

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