quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Filipe Mukenga e Selda criam “laços” em palco



Filipe Mukenga e Selda, duas vozes de gerações diferentes, foram as principais atracções de mais uma edição do projecto Duetos N’Avenida, realizada sábado último, na Casa 70, em Luanda.
Em duas horas, foi feita uma viagem ao percurso artístico de Filipe Mukenga, cantor que no início dos anos 80 propôs um estilo novo ao qual denominou “Nova Música de Angola”, e de Selda, cujo reconhecimento veio do espaço conquistado nos circuitos de música.
Os artistas Mário Gomes (guitarra solo), Nino Jazz (teclados), Jack (bateria), Wilder (baixo) e Yasmane Santos( percussão) fizeram o suporte instrumental. O concerto começou ao som de “Nvula”, inicialmente na voz de Selda a qual juntou-se, minutos depois, Filipe Mukenga.
Depois das saudações, o público ouviu temas como “Balabina”, “Weza”, “Carnaval de Março”, “Lemba” e “Yalta”. Durante a actuação, Filipe Mukenga convidou Katiliana Capindiça, artista que nos últimos dois anos apareceu no circuito nacional, para juntos interpretarem “Fruto Maduro”.
O dueto prosseguiu entre Filipe Mukenga e Selda em temas como “Ndilokewa”, “Aquela Rua”, “Angola no Coração”, “Humbi Humbi”, “Dikixi”, “Eu Vi Luanda”, com a qual encerraram esta edição. O projecto Duetos N’Avenida regressa, depois desta proposta mais ligada ao afro jazz, no dia 14 de Dezembro, com o semba, a ganhar vida, nas vozes de Carlos Burity, Gersy Pegado e Patrícia Faria.
O homenageado desta edição foi o cantor, produtor e compositor Eduardo Sambo, um dos mentores de Figueira Ginga e Chalana Dantas, como director executivo e artístico da Zona Jovem. Embora afastado dos palcos, o artista trabalhou com músicos de referência, como Filipe Zau, André Mingas, Rosa Roque, Afra Sound Stars e Banda Maravilha. Para a geração mais antiga, “A Nave”, como é conhecido, é uma referência.

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